Europa debate segurança nos aeroportos. Em Portugal ninguém vai mostrar nada. Para já
Em alemão, chamam-lhes "nacktscanner". Em Inglaterra, "striptease surveilance". Traduzido para o português daria qualquer coisa como "scanner nu" e "vigilância striptease", respectivamente. Meia Europa discute a introdução de scanners corporais nos aeroportos por razões de segurança. Mas Portugal passa, para já, ao lado das polémicas e espera por uma decisão das mais altas instâncias europeias.
"Não há nada previsto apesar de alguns estados membro estarem já a testar os scanners corporais. A Comissão Europeia está a analisar o tema e se houver uma decisão agiremos em conformidade", revela ao i fonte oficial do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). A mesma linha é seguida pela ANA - Aeroportos de Portugal, empresa responsável pela implementação das medidas de segurança delineadas pelo INAC. "No aeroporto de Lisboa há elevados níveis de segurança e a instalação de scanners corporais não está em cima da mesa" sublinha fonte da empresa.
Na Alemanha, o ministro do Interior já admitiu que, até meio do ano, vários aeroportos germânicos vão estar equipados com os scanners. Esta semana também o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, assegurou que os dispositivos de 100 mil euros cada estarão instalados nos aeroportos do Reino Unido "tão cedo quanto possível", independentemente da decisão de Bruxelas.
Recorrendo a ondas de rádio de alta frequência que reproduzem o corpo dos passageiros, os scanners integrais mostram tudo o que estiver escondido por baixo da roupa. A potente "visão" do aparelho faz com que a União Europeia levante obstáculos à sua utilização por violação da privacidade, de direitos civis e efeitos sobre a saúde.
A Europa centra o debate nas questões de segurança nos aeroportos, a administração norte-americana segue o mesmo caminho depois de, numa primeira fase, ter apontado baterias ao funcionamento das agências de segurança. Ontem, a autoridade responsável pelos transportes nos Estados Unidos admitiu que todos os passageiros que tentem voar para o país a partir de um dos 14 estados muçulmanos assinalados será alvo de revista especial. O conceito é lato e pode incluir um "profiling" dos passageiros, além do "scanning" corporal. Na lista das autoridades norte-americanas estão Nigéria, Afeganistão, Paquistão, Iémen, Somália e outros países com ligações terroristas em África e na Ásia.
A culpa do frenesim securitário é de Umar Farouk Abdulmutallab. O nigeriano de 23 anos que, depois de ter estudado engenharia mecânica em Londres e fabrico de bombas no Iémen, tentou sabotar o voo 253 da Delta Northwest entre Amesterdão (Holanda) e Detroit (Estados Unidos), com explosivos cozidos nas cuecas. As agências de espionagem falharam e os britânicos sacodem a água do capote. "Havia claramente informação sobre as actividades do indivíduo, informações que foram partilhadas com as autoridades americanas", disse ontem o porta-voz do governo trabalhista.
Mais do que ter voltado a expor as fragilidades da guerra ao terrorismo, Umar Farouk pôs o Iémen do mapa dos decisores políticos ocidentais. A iminência de um ataque aos interesses ocidentais na república iemenita já motivou o fecho das embaixadas americana, alemã, britânica e francesa. Com F.P.C
"Não há nada previsto apesar de alguns estados membro estarem já a testar os scanners corporais. A Comissão Europeia está a analisar o tema e se houver uma decisão agiremos em conformidade", revela ao i fonte oficial do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). A mesma linha é seguida pela ANA - Aeroportos de Portugal, empresa responsável pela implementação das medidas de segurança delineadas pelo INAC. "No aeroporto de Lisboa há elevados níveis de segurança e a instalação de scanners corporais não está em cima da mesa" sublinha fonte da empresa.
Na Alemanha, o ministro do Interior já admitiu que, até meio do ano, vários aeroportos germânicos vão estar equipados com os scanners. Esta semana também o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, assegurou que os dispositivos de 100 mil euros cada estarão instalados nos aeroportos do Reino Unido "tão cedo quanto possível", independentemente da decisão de Bruxelas.
Recorrendo a ondas de rádio de alta frequência que reproduzem o corpo dos passageiros, os scanners integrais mostram tudo o que estiver escondido por baixo da roupa. A potente "visão" do aparelho faz com que a União Europeia levante obstáculos à sua utilização por violação da privacidade, de direitos civis e efeitos sobre a saúde.
A Europa centra o debate nas questões de segurança nos aeroportos, a administração norte-americana segue o mesmo caminho depois de, numa primeira fase, ter apontado baterias ao funcionamento das agências de segurança. Ontem, a autoridade responsável pelos transportes nos Estados Unidos admitiu que todos os passageiros que tentem voar para o país a partir de um dos 14 estados muçulmanos assinalados será alvo de revista especial. O conceito é lato e pode incluir um "profiling" dos passageiros, além do "scanning" corporal. Na lista das autoridades norte-americanas estão Nigéria, Afeganistão, Paquistão, Iémen, Somália e outros países com ligações terroristas em África e na Ásia.
A culpa do frenesim securitário é de Umar Farouk Abdulmutallab. O nigeriano de 23 anos que, depois de ter estudado engenharia mecânica em Londres e fabrico de bombas no Iémen, tentou sabotar o voo 253 da Delta Northwest entre Amesterdão (Holanda) e Detroit (Estados Unidos), com explosivos cozidos nas cuecas. As agências de espionagem falharam e os britânicos sacodem a água do capote. "Havia claramente informação sobre as actividades do indivíduo, informações que foram partilhadas com as autoridades americanas", disse ontem o porta-voz do governo trabalhista.
Mais do que ter voltado a expor as fragilidades da guerra ao terrorismo, Umar Farouk pôs o Iémen do mapa dos decisores políticos ocidentais. A iminência de um ataque aos interesses ocidentais na república iemenita já motivou o fecho das embaixadas americana, alemã, britânica e francesa. Com F.P.C
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